tag:blogger.com,1999:blog-35545856670002039952024-03-05T07:17:17.949-03:00política . cotidiano . cultura . gastronomia . política . cotidiano . culturaPólítica com tempero: o blog de curiosidades gastronômicas sobre acontecimentos sociais, políticos e culturaisVivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.comBlogger54125tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-12701336273728033042010-01-27T00:36:00.002-02:002010-01-27T00:39:22.019-02:00Comida e Campus Party<a href="http://2.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/S1-nUGI8HEI/AAAAAAAAAd8/8_CcrcyU4YY/s1600-h/campus+party.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5431243639319436354" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 266px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://2.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/S1-nUGI8HEI/AAAAAAAAAd8/8_CcrcyU4YY/s400/campus+party.jpg" border="0" /></a><br /><div>Para começar com o pé direito e tardiamente a minha vida de blogueira em 2010, neste começo de ano, dei uma passadinha pela Campus Party. Para não perder o costume, resolvi analisar a curiosa gastronomia deste lugar onde, definitivamente, esse não é o forte.<br /><br />Como não é novidade para ninguém, o mundo geek, cercado de computadores por todos os lados, tem também a particularidade de ter o fast food como principal expressão culinária. É uma face da tribo que independe de localização geográfica, nacionalidade, língua: todo geek que se preze gosta do bom e velho sanduíche, de preferência, consumido em frente ao computador, sem precisar se deslocar muito, e acompanhado por um balde de Coca-Cola.<br /><br />Aqui no Centro Imigrantes há exatamente quatro lanchonetes. Isso mesmo: quatro. As pessoas buscam suas bandejas repletas de batatas fritas e refrigerantes, posicionam sobre a mesa e comem enquanto tuítam, jogam, falam com o amigo que está ao lado pelo MSN. Uma bomba calórica, consumida assim, de uma vez, sem pudores ou o mínimo de concentração.<br /><br />Para variar um pouquinho o cardápio, teve quem conseguiu pedir comida em um grande expoente do fast-food árabe (afinal, não faço merchandising por aqui), ou quem por um milagre divino conseguiu um micro-ondas para fazer o seu cup noodles. Apenas uma palavra: medo. A sorte desse pessoal é que eles realmente estão dominando o mundo. Isso é fato e é político.</div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-28904840609027729612010-01-26T20:19:00.000-02:002010-01-26T20:20:28.565-02:00Mais tempero que políticaPolítica com Tempero reestreia a postagem de conteúdos neste ano de 2010, depois de quase dois meses de anonimato. Mas a ausência foi por um bom motivo: essa autora que vos fala vai casar no dia 4 de dezembro de 2010.<br /><br />Nesse meio tempo, virei uma pessoa focada apenas em preparativos, experimentei muitos temperos e acompanhei pouca política. Tive o prazer de vivenciar o maravilhoso, indiscutível, indecifrável mundo dos Buffets de São Paulo. Um mundo onde tudo pode acontecer e você nunca sabe como será a degustação do dia seguinte.<br /><br />Obviamente que escolher um Buffet para o grande dia diz muito sobre uma pessoa. Dá até para descobrir traços da personalidade, do fenótipo e do genótipo: de onde veio, para onde quer ir, quanto ganha, quanto o marido ganha, quanto as famílias ganham, o que gosta de comer, que imagem quer passar, como são os amigos e a família, se gosta de glaçados ou se prefere caramelados.<br /><br />O casamento é um universo repleto de possibilidades.Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-91503445423972051502009-11-15T12:43:00.009-02:002009-11-26T20:01:16.966-02:00A cerveja e o menino<a href="http://1.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SwAZwZPBzOI/AAAAAAAAAdE/E_N4-Ig1LC8/s1600-h/DSC02255.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5404347872042929378" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SwAZwZPBzOI/AAAAAAAAAdE/E_N4-Ig1LC8/s400/DSC02255.JPG" border="0" /></a><br /><div><a href="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SwAT6IB1UMI/AAAAAAAAAc8/Mu1slyepHCU/s1600-h/DSC02255.JPG"></a><br />O Brasil é campeão mundial em reciclagem de latinhas, com um índice de 96,2%, segundo a <a href="http://www.abal.org.br/">Associação Brasileira de Alumínio (Abal)</a>. Os números não negam a supremacia nacional e, vira e mexe, alguém se gaba do fato. Mas qualquer pessoa um pouco mais esclarecida consegue perceber que a liderança brasileira não acontece graças à consciência socioambiental da população, muito menos a programas governamentais: é uma questão de necessidade.<br /><br />O rapaz da foto tem apenas 5 anos de idade, mas já conhece a realidade da reciclagem muito bem. Mora na pequena praia de Ponta Negra, em Paraty, litoral do estado do Rio de Janeiro. Apesar de o paradisíaco local estar na região Sudeste do País, tida como a mais desenvolvida, não conta com um privilégio que todos consideram indispensável – ainda mais em tempos de apagão: a luz elétrica.<br /><br />A praia, de pequena extensão, possui dois bares, que por terem gerador, conseguem vender cerveja gelada aos visitantes. Nos finais de semana e feriados, muitas das pessoas que se hospedam na Praia do Sono, ao lado, fazem uma trilha para a <a href="http://www.paraty.tur.br/praias/praiadepontanegra.php">Ponta Negra</a>. A praia lota e o menino se posiciona estrategicamente no Bar da Bikinha, esperando os turistas degustarem uma “gelada”. Assim que acabam, vai, educadamente, buscar a latinha restante.<br /><br />Antes de posar para a foto acima, ele mostrou a sua sacolinha azul lotada e me disse: “já estou com umas dez latinhas, meu pai vai ficar feliz”. Alumínio vale dinheiro, essa é a grande questão. O pai de garoto é pescador. Para bom entendedor...<br /><br />Caio é a prova de que o país que é capa da <a href="http://www.economist.com/">The Economist</a>, vai sediar Olimpíadas e Copa do Mundo, ainda tem muito chão pela frente. No dia em que formos campeões de reciclagem por consciência ambiental e não por necessidade de subsistência, podemos começar a conversar.</div><div></div><div> </div><div>Por Política com tempero</div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-11262673275430004142009-11-15T12:21:00.001-02:002009-11-15T12:23:54.355-02:00Vida e caosPercebo que a minha vida está um caos, quando fico mais de um mês sem atualizar esse blog. Desde outubro, quero escrever sobre uma viagem que fiz para a Ponta Negra, que rendeu algumas considerações gastronômicas. Espero fazê-lo dentro em breve. Na quinta-feira, acabam as minhas aulas e tudo deve melhorar... rsrsVivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-56893184685266900702009-10-15T22:36:00.005-03:002009-10-18T16:17:23.030-02:00Quantos minutos você trabalha para comprar um Big Mac?<a href="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/StfOcAFSymI/AAAAAAAAAc0/LD2ghpZBqg8/s1600-h/Mac.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5393006059253320290" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 363px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/StfOcAFSymI/AAAAAAAAAc0/LD2ghpZBqg8/s400/Mac.jpg" border="0" /></a><br /><div>Há alguns anos, a revista The Economist publica um ranking que mede o poder de compra de determinadas moedas baseando-se em um item simples: o custo do Big Mac em cada país. A ideia é bastante válida, uma vez que o lanche carro-chefe do McDonald`s é um dos produtos mais "iguais" em todos os lugares do mundo. </div><div><br /></div><div>Recentemente, a revista publicou outro índice alternativo, ainda considerando o sanduíche do Ronald. O novo ranking mede quanto tempo uma pessoa tem que trabalhar em 73 cidades do mundo para ter dinheiro para adquirir o lanche. Dessa forma, pode-se verificar não só a valorização da moeda em si, mas ter uma ideia do custo de vida e da capacidade de consumo da população. </div><div><br /></div><div></div><div>A cidade de Obama, juntamente com Toronto e Tóquio são os lugares do mundo onde o trabalhador fica menos tempo na labuta para saborear o sanduíche: apenas 12 minutos. Para contrastar, em locais como Jacarta, Nairobi e Cidade do México, o tempo médio são duas horas. A representante brasileira da lista é São Paulo, onde um habitante precisa trabalhar em média 40 minutos, pouco menos que a média global.</div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-79632474010918038422009-09-29T00:11:00.005-03:002009-09-29T00:18:36.560-03:00Cuba Libre!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFAqsz74FeWHZKUgAuiYVwecDKjvuav1lerS6rQTvPFS8jWurivgk5TN0XMGmmZ0m_d-9SYMS20C8ber7m09CjaECgumxEmAd_R6Q2R25yiElrKUim3Xvoqcniw8l6pNVODrUWhWcDDmo/s1600-h/CUBA+616.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386722480333382546" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFAqsz74FeWHZKUgAuiYVwecDKjvuav1lerS6rQTvPFS8jWurivgk5TN0XMGmmZ0m_d-9SYMS20C8ber7m09CjaECgumxEmAd_R6Q2R25yiElrKUim3Xvoqcniw8l6pNVODrUWhWcDDmo/s400/CUBA+616.jpg" border="0" /></a>Ao ler o rótulo de uma garrafa de Bacardi, provavelmente estará escrito: engarrafado em Porto Rico.<br /><br />Entretando, o rum está para Cuba assim como a cachaça está para o Brasil. A principal semelhança é que os dois produtos são fabricados por meio da destilação da cana-de-açúcar. O mojito é a caipirinha cubana. A Família Bacardi era uma das mais tradicionais da ilha.<br /><br />A primeira fábrica deles foi fundada em 1862, em Santiago de Cuba, por Don Facundo Bacardi Masso.<br /><br />Desde então, a história da família Bacardi mistura-se com a da ilha. O filho mais velho de Facundo, Emilio Bacardi, foi exilado do país por promover atividades anticoloniais. O neto do fundador da Bacardi lutou no exército rebelde da independência.<br /><br />Foi inclusive depois da guerra da independência que a família criou um drinque bastante temático: o Cuba Libre. No início do século XX, durante a Lei Seca norte-americana, a Bacardi se tornou ponto de visitação dos turistas dos Estados Unidos.<br /><br />Na década de 1930, algumas garrafas de rum Bacardi foram produzidas fora de Cuba pela primeira vez, nas fábricas de Porto Rico e do México.<br /><br />Mas o sonho acabou em 1959, com a revolução e o comunismo. A família Bacardi deixou o país abandonando todas as plantações de cana, confiscadas pelo estado durante o processo de reforma agrária. Os ilustres cubanos se mudaram para as Bahamas e passaram a passaram a maioria das operações para a fábrica de Porto Rico: aí está a explicação contida nas garrafas.<br /><br />Até hoje a Bacardi Rum Co. procura recuperar suas propriedades de açúcar expropriadas pelo governo revolucionário e é uma das maiores opositoras ao regime castrista.<br /><br />Hoje, o estado de Fidel produz o Havana Club: El Ron de Cuba... É um rum de exportação, produzido no bairro de Habana Vieja, na capital (foto).Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-27533710157523935162009-09-28T16:01:00.003-03:002009-09-28T16:23:38.450-03:00Onde está Wally? Ou melhor, Che!<a href="http://1.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SsEIRW3gu5I/AAAAAAAAAb8/FoqIuQgPwNo/s1600-h/27wendy02.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5386595723601034130" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SsEIRW3gu5I/AAAAAAAAAb8/FoqIuQgPwNo/s400/27wendy02.jpg" border="0" /></a><br /><div>A foto acima mostra o velório da estudante morta durante protestos contra o governo golpista em Honduras. O que me chamou a atenção foi a foto do Che Guevara ao fundo. Reparem!<br /><br />Mais uma prova de que Fidel não é, nem nunca foi, bobo ao posicionar a foto de Che estrategicamente por toda a ilha. Ícone eterno! </div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-55948020006814512652009-09-20T23:53:00.009-03:002009-09-26T21:47:00.094-03:00Embalagens de produto<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLIOEiwNkakLol84D8zJSiXzzquh0HmHb62lXlu0LwfVFzzZzx2opGVuDXs6TkRYahp8BKaM9vE8hDSRhGhY47hr4N7S5L12OXit82VWER6fmWa2OozV2ptHJPAgPFzXz_q7iomce1NRk/s1600-h/blog.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5383749034369808066" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 131px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLIOEiwNkakLol84D8zJSiXzzquh0HmHb62lXlu0LwfVFzzZzx2opGVuDXs6TkRYahp8BKaM9vE8hDSRhGhY47hr4N7S5L12OXit82VWER6fmWa2OozV2ptHJPAgPFzXz_q7iomce1NRk/s400/blog.jpg" border="0" /></a>Se a minha família se mudasse para Cuba hoje, só a minha mãe teria alguma possibilidade de conseguir um emprego. Tem formação em serviço social, um dos pontos altos do país.<br /><div></div><br /><div>Cansei de ouvir que ser jornalista em Cuba é muito perigoso. Em outras palavras, não há liberdade de imprensa. Ou seja, eu teria que suar a camisa para publicar qualquer reportagem. </div><div><br />Mas quem, com toda certeza, ficaria desempregado é meu irmão: publicitário. </div><div><br />Essa é a profissão mais irrelevante em um país comunista. Os motivos são fáceis de serem observados. Se não há concorrência, nem poder de consumo, nem liberdade de compra: para quê pagar um profissional cujo objetivo principal é alavancar vendas? </div><div><br />O supermercado é o local de Cuba onde essa total irrelevância fica completamente evidente. Com certeza, não existem empresas de trade marketing na ilha. Não há gôndolas centrais, nem displays, nem banners. Trabalho de PDV? Com qual finalidade? </div><div> </div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div>Existe uma pequena gama de produtos dispostos milimetricamente nas prateleiras e há diversos seguranças espalhados pelos corredores, monitorando os passos de todos os frequentadores. As embalagens de produtos cubanos são praticamente iguais: possuem apenas as informações essenciais no rótulo. Não há licenciados, nem logos, nem identidade de marca...</div><div><br />A mesmice é quebrada pelos importados: há itens brasileiros, franceses, espanhóis, argentinos, venezuelanos. Marcas como Nestle, Bauducco e, pasmem, as maravilhosas sandálias Dupé (foto). Ou alguém aí achou que eram Havaianas? </div><div> </div><div>Havaianas é coisa para europeu!</div><div> </div><div></div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-23098800154610302422009-09-17T00:06:00.009-03:002009-09-17T09:46:46.880-03:00Tão perto, tão longe: fim da URSS e exploração turística<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXWkuc8b9RsE67CBWXiUqvWr9VwEyiO86hTrfL9ikgWVhmBqZx-quGXwFFyAZ1yk9WsG5sif5fOBECvSoUdduwWoioyD7-7bc1Nd59nQYyfYE_r30E2kMxRPRZU1eXS33IHjjqHNrCQIA/s1600-h/CUBA+109.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5382269009497731234" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXWkuc8b9RsE67CBWXiUqvWr9VwEyiO86hTrfL9ikgWVhmBqZx-quGXwFFyAZ1yk9WsG5sif5fOBECvSoUdduwWoioyD7-7bc1Nd59nQYyfYE_r30E2kMxRPRZU1eXS33IHjjqHNrCQIA/s400/CUBA+109.jpg" border="0" /></a><br /><div><div><div>No balneário cubano de Varadero, a menos de 200 km de Havana, tem-se uma vista maravilhosa para o mar do Caribe. Azul, cristalino, calmo e paradisíaco. Lugar ideal para atrair pessoas do mundo inteiro.</div><div><br />Um potencial comercialmente inexplorado até o início da década de noventa, quando o turismo passou a ser um dos maiores produtos de exportação cubanos. Esse processo não aconteceu por vontade do governo, mas por necessidade. Essa pequena abertura de mercado se deu pouco tempo depois da derrocada da URSS e da queda do muro de Berlim. Quando perdeu seus maiores parceiros comerciais, Fidel teve que se virar e aproveitou o que a ilha poderia oferecer de melhor. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyEH6Jw65YEF_WBcq3tI6CmDaiNWfqHmacvAqqAIGxdw8OUx52JSGKL9s0rabfLZ-yoy-ldIyBU3GuMk7ZrqQC8dLIoeVwSTgY8ZMDllWnWhqAbH2KhlSVIuvB6vg_3B6i4k_Xw_8dvBk/s1600-h/CUBA+055.jpg"></a><br /></div><br /><div>O primeiro resort, Sol Meliá Palmeras, foi construído em 1990 e inaugurado pelo próprio Fidel Castro. A foto do ditador, a história do local e o hino revolucionário de Cuba estão na porta do empreendimento, que é uma sociedade entre os espanhóis da rede Meliá e o governo de Cuba. De lá para cá, aproximadamente um resort é inaugurado ao ano na cidade.</div><div><br />Hoje, são 18.</div><div><br />A renda que entra da exploração turística tornou possível algumas pequenas modernizações na infraestrutura do país caribenho: compra de novos ônibus, pavimentação de rodovias, presença de carros europeus 0km para aluguel.<br /></div><div>A maioria dos cubanos deseja trabalha na rede hoteleira, onde ficam mais próximos desse mundo moderno. Dentro dos resorts, é possível se esquecer de que estamos em Cuba, das pobrezas do país e de todas as mazelas pelas quais passam a população. É quase como visitar a Disney.<br /></div><br /><div>A comida também.<br /></div><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5382268372712496882" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgD9BsaTL1C3w-UhX_fgCJQ-ri9WwXTOL5oG9kBTlECVdDT-u9MELJZ5NUBiz79eh0fuBaG2OKdYLlK0fLLxwG7pkl8ijdAuFY8dECvwim9gsbRimeiNkO78-iI6IcM4CyX9SUhUYz98LU/s400/CUBA+119.jpg" border="0" /><br /><div>Dentro dos resorts, existe um mundo mágico de aromas e sabores. São restaurantes dos mais diversos tipos de culinária mundial: italiana, alemã, espanhola, chinesa e, é claro, caribenha. Há opções para todos os tipos de paladares. A maioria dos vinhos vem da Espanha, mas é o rum cubano que cai nas graças dos turistas.<br /></div><div>Uma breve visita ao centro de Varadero traz a realidade regional: os cubanos comem em carrinhos de lanches e pizzas (foto), sem guardanapo, pois o papel é escasso e o mais curioso é que, por motivos óbvios, as travessas são retornáveis. Como tudo na ilha de Fidel, os utensílios têm décadas de existência. </div><div></div><div></div><div>PS: Lembrando que os norte-americanos não podem visitar Cuba</div><div></div></div></div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-26827013322075335082009-09-16T00:07:00.011-03:002009-09-16T09:25:04.989-03:00Muro de Berlim de sorvetes<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1-W6tia26hETe0tPvCe0Tufd7tzzNT0uXBH45S_JLejL8Udw5DF5OhrCjy33LAsnVG3U2hcUDKqrY3EoPmvha6U6jQcUFFdNhE8KLMuPRd-Tj8-IbKARx7NMwts_8oLiXL_TDsbZ34QI/s1600-h/CUBA+582.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5381897347897922226" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1-W6tia26hETe0tPvCe0Tufd7tzzNT0uXBH45S_JLejL8Udw5DF5OhrCjy33LAsnVG3U2hcUDKqrY3EoPmvha6U6jQcUFFdNhE8KLMuPRd-Tj8-IbKARx7NMwts_8oLiXL_TDsbZ34QI/s400/CUBA+582.jpg" border="0" /></a> Final de tarde quente de Havana. Faz 32 graus. Acredite, a sensação térmica é de muito mais. Em uma caminhada rápida pelo bairro de Plaza de La Revolucion, é possível observar uma movimentação estranha de cubanos. Em grupos, grandes ou pequenos, todos caminham para o mesmo lugar: a praça central.<br /><br /><div><div><div>Nela, está localizada a sorveteria Coppelia, inaugurada no dia 4 de junho de 1966. Após os primeiros anos da revolução, as três principais marcas de sorvete – Guarina, Hatuey eSan Bernardo –haviam desaparecido. A inauguração da Coppelia foi motivo de festa. 43 anos depois, os cubanos ainda se deslocam de todos os lugares de Havana, ou até mesmo de outras províncias, para se refrescar com um sorvete. Em plena segunda-feira, as filas são longas e é preciso resistir à espera. </div><div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM74WFZXa5h6LjFd4vwaFlhcfXgkpJ9gMoA-8QUayZKKNCXbcvtoHSFdxUCmrLkXYcHGATptRBDAaMBNX6g99_xcAeMdGQ8ANdxN5yqBsyaDXpaI6cDDLHNOsjUrUUKkb89L7l6ogOYfE/s1600-h/CUBA+591.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5381898082252870594" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 248px; CURSOR: hand; HEIGHT: 355px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjM74WFZXa5h6LjFd4vwaFlhcfXgkpJ9gMoA-8QUayZKKNCXbcvtoHSFdxUCmrLkXYcHGATptRBDAaMBNX6g99_xcAeMdGQ8ANdxN5yqBsyaDXpaI6cDDLHNOsjUrUUKkb89L7l6ogOYfE/s400/CUBA+591.jpg" border="0" /></a></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div></div><div>Aos finais de semana, o local recebe mais visitantes do que o permitido pelo espaço físico. E olha que a sorveteria ocupa grande parte do o centro da praça, além de ter quatro salas com mesas no andar de cima. Há militares por toda a parte. Também há correntes cercando as filas e o entorno da praça. O acesso ao local onde os sorvetes são vendidos é restrito. </div><br /><div></div><div></div><div>O mais curioso é que, enquanto os moradores da ilha se aglomeram nas filas, os turistas podem comprar o mesmo sorvete em uma barraquinha ao lado. O que separa os dois produtos? A resposta é simples: os vendidos aos turistas custam 70 vezes mais.<br /></div><div>Não, você não leu errado. O mesmo sorvete que custa 1,10 peso cubano para eles, sai por 2,80 CUC para nós. Como cada CUC vale 25 pesos cubanos, é só fazer as contas. Um turista paga 6,2 reais por um sorvete de massa de uma bola e pode escolher entre três maravilhosos sabores: morango, amêndoas e laranja. </div><br /><div>Lembrando que esse não é o único sorvete de Cuba. Existem diversas marcas conhecidas nossas no país, como a Nestle. Mas acho que ficou bem claro por que todos os locais preferem a Coppelia, não é mesmo? E não tem nada a ver com variedade de produtos, ambiente, propaganda, estratégia de marketing, qualidade... <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB6WjnROoSpMdC2JMD_jmNrAeRMJh60R0H2AfXyeAQcTWjFVJLl8INtrUv6Ee-xsDJ8IzKvL_WuoZM_q2C6tDQQSG-TEXBHwiCfJdHncMLrLvw5Ja-H7EYdeVsbrg5feC_og6YOVdCDck/s1600-h/CUBA+589.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5381897722079858834" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB6WjnROoSpMdC2JMD_jmNrAeRMJh60R0H2AfXyeAQcTWjFVJLl8INtrUv6Ee-xsDJ8IzKvL_WuoZM_q2C6tDQQSG-TEXBHwiCfJdHncMLrLvw5Ja-H7EYdeVsbrg5feC_og6YOVdCDck/s400/CUBA+589.jpg" border="0" /></a></div><div></div></div></div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-16109041860733597562009-09-15T11:13:00.002-03:002009-09-15T11:13:00.630-03:00Jorge, o pintor<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW-jJlCCER9tUDwJyLbB_tNgzwR21bqJOg2m9HtzH6AVhXr30kbTcLDaX2HFjfEIKT2QG8Bvpp2lFXkB4FtL3MvpWh9fMvpm0hop_Kgq0u_ZT0o39Ic8GdWal4eb58t6b1Xm9PemQ0y7s/s1600-h/CUBA+192.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5381502106748429202" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW-jJlCCER9tUDwJyLbB_tNgzwR21bqJOg2m9HtzH6AVhXr30kbTcLDaX2HFjfEIKT2QG8Bvpp2lFXkB4FtL3MvpWh9fMvpm0hop_Kgq0u_ZT0o39Ic8GdWal4eb58t6b1Xm9PemQ0y7s/s400/CUBA+192.jpg" border="0" /></a>Esse rapaz sorridente da foto se chama Jorge. É um cubano de 38 anos e uma filha de dez meses. Trabalha como pintor de paredes. Ganha 210 pesos cubanos por mês. Tem 38 anos. Sonha em fugir para um país como o Brasil e montar seu próprio negócio.<br /><br />Vive no centro de Matanzas, a capital da província homônima, no norte de <u>Cuba</u>. O local foi o último ponto por onde passou a revolução do general Guevara. A cidade possui um monumento na Plaza de La Libertad em homenagem aos heróis do movimento.<br /><br />Como todos os outros habitantes da ilha, Jorge recebe uma cesta básica do governo, descontada do salário. Mas, segundo ele, essa comida dura no máximo 15 dias.<br /><br />Depois que os alimentos acabam, ele precisa se dirigir ao mercado da cidade para adquirir mais comida. Tudo a preços super altos. Um quilo de carne de porco, por exemplo, não sai por menos de 35 pesos cubanos, 16,6% do salário de Jorge.<br /><br />Para conseguir comprar o leite da filha, repassa “habanos”. Em outras palavras: revende charutos no mercado negro, para os turistas. A carga é desviada das fábricas da capital do país.<br /><br />Existem milhões de cubanos como Jorge.Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-54235048740125248902009-09-14T00:57:00.013-03:002009-09-14T22:44:33.781-03:00Como comem os turistas, como comem os locais<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO555CEryiCmHg_KK78wYfUeEOJD1H-maB40MQanVhcGVa5qXbncQVydcby1mT-q_Wjynj3wb0aTDVmDq6FUbC4hl_wgQ95xDPmt3gJD-G4KmVyIk1jqdglMCh-V9SwMwUIXi-ZL3jc18/s1600-h/CUBA+410.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5381168729506680034" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 300px; CURSOR: hand; HEIGHT: 400px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO555CEryiCmHg_KK78wYfUeEOJD1H-maB40MQanVhcGVa5qXbncQVydcby1mT-q_Wjynj3wb0aTDVmDq6FUbC4hl_wgQ95xDPmt3gJD-G4KmVyIk1jqdglMCh-V9SwMwUIXi-ZL3jc18/s400/CUBA+410.jpg" border="0" /></a>Para entender <u>Cuba</u>, é preciso saber que o país vive a dualidade da existência de dois ambientes que circulam paralelamente dentro do mesmo. Esses universos se diferenciam por um ponto principal: o dinheiro. São duas faces da mesma moeda.<br /><br />De um lado, está o peso cubano, aquele que possui os heróis da revolução estampados. A cédula de três pesos, por exemplo, carrega a famosa foto de Che Guevara "hasta la victoria siempre", a mesma usada nas camisetas na Praça da República, centro dos revolucionários e bichos-grilo paulistanos. Do outro lado, está o peso convertible (CUC), cuja identidade gráfica "imita" a do euro.<br /><br />A realidade do <u>câmbio</u>: cada CUC vale 1,26 euros, ou 0,80 dólares ou 25 pesos cubanos. Um habitante da ilha ganha, em média, 210 pesos cubanos por mês, ou seja, menos de nove pesos "dos turistas".<br /><br />A moeda dos revolucionários lidera uma realidade barata dentro país, mas com pouco poder de compra de produtos industrializados ou importados. Quem ganha em peso cubano só tem acesso ao que é produzido em <u>Cuba</u> (ou o que é subsidiado por nações "irmãs"): basicamente comida não-industrializada (leia-se commodities), roupas em linha de montagem, produtos baratos, simples e de pouca tecnologia.<br /><br />Para quem tem acesso aos CUC (apenas turistas ou profissionais que recebem gorjetas na hotelaria), há uma ampla gama de alimentos importados da Europa e América Latina. É possível achar, até, Coca-cola, além de produtos de marcas conhecdas pelos brasileiros, como Bauducco. Entretanto, uma torrada que custe 1 CUC representa mais de 10% do que a maioria dos cubanos ganha mensalmente. Deu para sentir o drama?<br /><br />Um cubano dificilmente conseguirá experimentar comidas como as nossas: chocolates gostosos, biscoitos recheados, pratos congelados, pizza semipronta... Em tempos de obesidade latente, seria um problema ou uma sorte?<br /><br />E o Obama segue com o embargo por mais um ano!<br /><br />------------<br /><br />Na foto: Plaza de la RevoluciónVivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-78456265807170584762009-09-14T00:45:00.008-03:002009-09-14T01:01:16.775-03:00Cuba, economia, política e comida<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguo0n1Bo-4VL-Tr_2emmQxRZvpr5eufVBvU1K4quAa1jve2JBsE_cLNzD10oCB6Jl0povaaMnjfFsfYU6KVr1Gzfm_8MAnBZqZswcqG9kWvH7Ykoa-K0U965YHhigrlkrU45YD9IwN5aM/s1600-h/CUBA+276.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5381167116205920946" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 300px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguo0n1Bo-4VL-Tr_2emmQxRZvpr5eufVBvU1K4quAa1jve2JBsE_cLNzD10oCB6Jl0povaaMnjfFsfYU6KVr1Gzfm_8MAnBZqZswcqG9kWvH7Ykoa-K0U965YHhigrlkrU45YD9IwN5aM/s400/CUBA+276.jpg" border="0" /></a><br /><div><br />Durante todo este mês, política com tempero traz uma série exclusiva de artigos sobre a terra dos irmãos Castro. Falaremos sobre comidas <u>cubanas</u>, moedas <u>cubanas</u>, sorvetes <u>cubanos</u>, restaurantes <u>cubanos</u>, bodegas <u>cubanas</u>, rum <u>cubano</u> e povo <u>cubano</u>.<br /><br />Enfim, tudo sobre a simpática e complicada ilha.<br /><br />Para começar, uma explicação sobre como funcionam as duas moedas locais. Sem essa compreensão, fica impossível entender as dualidades da exótica culinária de <u><em><strong>Cuba</strong></em></u>.</div><br /><div></div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-40889066634645786032009-08-20T10:22:00.003-03:002009-08-20T10:30:11.089-03:00Um site onde nem tudo acaba em pizza...Agosto realmente é o mês do desgosto rs. Mês em que eu fiquei devendo posts. Mas para não dizer que estou alheia ao mundo, quero indicar um novo site que tem tudo a ver com esse blog. Um site que mistura <u>política e gastronomia</u>, pois tem como maior objetivo não permitir que tudo acabe em pizza.<br /><br /><a href="http://www.museudacorrupcao.com.br">http://www.museudacorrupcao.com.br/</a><br /><br />Naveguem e preparem o omeprazol, pois dá enjoos e azias.Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-50599833969556124022009-07-28T22:51:00.003-03:002009-08-05T13:53:22.672-03:00Eles bebem, elas comem<a href="http://1.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/Sm-vx2tAnoI/AAAAAAAAAZE/jdGY2OuHC4I/s1600-h/Untitled-1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5363698952254299778" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 250px" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/Sm-vx2tAnoI/AAAAAAAAAZE/jdGY2OuHC4I/s320/Untitled-1.jpg" border="0" /></a>Best Seller, o livro Comer, Rezar, Amar, da autora norte-americana Elizabeth Gilbert, causou identificação em mulheres de trinta países. A história de uma balzaquiana tentando se encontrar após uma dolorosa separação vendeu mais de quatro milhões de exemplares.<br /><br />Agora, surge uma versão divertida voltada para eles: Beber, Jogar, F@#er, do escritor humorístico Andrew Gottlieb. Parodiando o livro de Gilbert, o autor traça paralelos entre os gêneros<br /><br />Enquanto a publicação dela é autobiográfica, a dele conta a história fictícia de Bob Sullivan. Em ambos, os personagens querem se livrar da dor conhecendo novos lugares.<br /><br />Ele faz sexo na Tailândia, ela faz amor na Indonésia. Ele joga em Las Vegas, ela reza<br />na Índia. E, é claro, ele bebe na Irlanda, ela come na Itália.<br /><br />Nada mais emblemático para pensarmos as disputas de gênero da sociedade do que o fato de que as mulheres comem enquanto os homens bebem. Em outras palavras: enquanto nós engordamos, eles se divertem.Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-9876289491841269932009-07-26T16:18:00.005-03:002009-08-05T13:57:17.499-03:00Culinária fusion e revolução do cérebro!<a href="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/Smys3e2kerI/AAAAAAAAAYo/5tK2SPyl3Ok/s1600-h/f1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5362851325466147506" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 242px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/Smys3e2kerI/AAAAAAAAAYo/5tK2SPyl3Ok/s320/f1.jpg" border="0" /></a><br /><div>Uma coisa é certa sobre os modismos: eles existem com cada vez mais força e fica difícil não tocar no assunto. Quando o tema é gastronomia – como é o caso deste blog – é obrigatório falar de culinária fusion, a bola da vez. Na verdade, não é de hoje que ela existe, mas foi em 2008 que se difundiu em muitos dos principais restaurantes do País.<br /><br />Como minha missão é misturar tendências culinárias e políticas, digo com propriedade: esse tipo de gastronomia é resultado de uma nova ordem mundial. Em um mundo onde as distâncias se encurtam cada vez mais e a criatividade é diferencial, misturar sabores e experimentar novas maneiras de fazer torna-se essencial para a sobrevivência de quase todos os chefs (ou pelo menos daqueles que desejam ganhar estrelas Michelin ou, até mesmo, no Guia da Folha).<br /><br />Dizem que Alex Atala (foto) foi pioneiro em temperar tradições internacionais com toques de brasilidade. Fica difícil saber ao certo se foi ele, mas uma coisa não se pode negar: o chef-sensação foi o primeiro a fazer alarde sobre o assunto. Considerando que algo só existe realmente quando as pessoas conhecem, Atala faz jus ao rótulo de precursor.<br /><br />No livro “A revolução do lado direito do cérebro”, o autor norte-americano Daniel Pink aplica conceitos que têm tudo a ver com essas tendências: já não vale mais fazer bem, é preciso fazer diferente. O lado esquerdo do cérebro, sistemático e lógico, é útil, mas não suficiente. Para conseguir atingir um diferencial nos dias atuais, é preciso usar o lado esquerdo: criativo, histórico, lúdico, empático e sinfônico.<br /><br />A gastronomia é apenas uma forma de representação desse novo mundo.</div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-29798546691025577622009-07-13T17:18:00.003-03:002009-07-14T09:47:56.460-03:00O almoço do brasileiro (parte III): O retorno dos excluídos<a href="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/Slx-aHM1pwI/AAAAAAAAAYg/Wzv1FT9Mgus/s1600-h/fasano1.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5358296643738642178" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/Slx-aHM1pwI/AAAAAAAAAYg/Wzv1FT9Mgus/s320/fasano1.jpg" border="0" /></a>O maior problema do Brasil é a desigualdade social. Qualquer pessoa com o mínimo de senso de observação – indo do ex-presidente ao atual – consegue perceber que há poucos extremamente ricos, até para padrões europeus e norte-americanos, e muitos extremamente pobres.<br /><br />Em uma cidade como São Paulo, a mais abastada do País e com duas lojas Tiffany’s, fica ainda mais fácil observar isso. O horário do almoço torna-se momento emblemático. Os restaurantes dos Jardins – onde existem todos os tipos de refeições caras –ficam abarrotados. São pessoas fechando negócios, fazendo networking ou apenas se refestelando para dar uma pausa na rotina estressante.<br /><br />Enquanto isso, lá dentro, os colaboradores comem o que dá. Além disso, pessoas que trabalham em bairros muito chiques ou em grandes centros comerciais, porém com cargos menores, precisam se virar para não gastar o salário inteiro comendo PFs de 30 reais. O jeito é vender tickets refeição e levar o almoço pronto de casa.<br /><br />Mesmo com essa solução, acontecem dois problemas básicos: os tickets agora são de cartão e o valor da cesta básica não para de crescer.<br /><br />Explicando: quando os tickets ainda eram de papel, era fácil repassá-los. Hoje, é preciso encontrar um restaurante que se disponha a descarregar o valor, descontando o preço cobrado pelas operadoras e juros módicos. Afinal, ninguém faz nada de graça. Além disso, a alimentação é um dos itens que mais aumentaram de preço segundo o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor): 0,19% em maio.<br /><br />Tem que ser malabarista para equilibrar o orçamento!<br /><div><div>--------</div><div>Na foto, Fasano, restaurante símbolo da desigualdade.</div></div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-84194618576273925152009-07-10T17:31:00.001-03:002009-07-10T17:31:01.489-03:00Deus é amor... e comida<a href="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SleHRvsUb9I/AAAAAAAAAYQ/cK55HUnNYyc/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5356899020710375378" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 186px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SleHRvsUb9I/AAAAAAAAAYQ/cK55HUnNYyc/s320/untitled.bmp" border="0" /></a>“A religião é o ópio do povo”. Certas frases são inesquecíveis e atemporais e essa – atribuída a Karl Marx – é uma delas. Em uma espécie de pesquisa antropológica, no mês passado, visitei o templo “mundial” da Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA). Foi uma experiência única, que indico a qualquer pessoa que queira entender melhor o mundo.<br /><br />Gigante, o templo localiza-se na Avenida do Estado em São Paulo. Recebe, aos domingos, fiéis do Brasil inteiro e, até mesmo, do exterior. Durante horas, é possível ouvir missionários pedindo dinheiro ou, como eles preferem chamar, dízimo. O ponto-alto do culto é a chegada de David Miranda, fundador dessa vertente evangélica.<br /><br />Já idoso, ele aparece em uma cúpula localizada no centro do palco. Dizem que os vidros são blindados, pois o missionário recebeu inúmeras ameaças de assassinato. Se é tudo estratégia de marketing ou verdade, nunca vamos saber.<br /><br />Durante a cerimônia, fiéis que consideram ter alguma coisa para contar sobem ao palco. Então, começam as sessões de milagres, quando cada uma dessas pessoas conta por que motivo considera que se salvou, as mudanças que teve na vida depois de começar a freqüentar o tempo.<br /><br />Na primeira fileira do auditório, posicionam-se as pessoas com problemas de saúde (algum tipo de deficiência física ou, até mesmo, em camas posicionadas na frente do palco). O momento mais triste é quando o missionário resolve curá-las: alguns cadeirantes levantam-se e o milagre acontece, deixando a plateia em polvorosa.<br /><br />Paralelamente ao culto, existe lá fora um verdadeiro mercado da fé, uma atração à parte, mas que, certamente, torna o programa dominical ainda mais atrativo às famílias que frequentam o templo. Todo tipo de comércio: roupas, bíblias, CDs, DVD e... comida, muita comida. Tudo feito sem procedência, com higiene duvidosa, mas todos os quitutes são apreciados pelos fiéis.<br /><br />Certamente, todos retornam para casa com a certeza de ter vivido um dia especial, recebido alento espiritual e comido com qualidade. Um tema para reflexão.Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-41220570572061782172009-07-08T12:06:00.003-03:002009-07-08T12:22:17.544-03:00Mais fiscalização, menos pipoca<a href="http://3.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SlS5nLwo3KI/AAAAAAAAAXw/8RDlShQzbVo/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5356109939673193634" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SlS5nLwo3KI/AAAAAAAAAXw/8RDlShQzbVo/s200/untitled.bmp" border="0" /></a>Um pipoqueiro com “ponto” em frente à PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) teve o seu carrinho de pipocas apreendido por fiscais municipais. No mesmo dia, um café nos Jardins teve as mesas e cadeiras da calçada apreendidas. Na PUC, provando que ainda existe consciência política entre os universitários, houve uma comoção geral. No café, o dono levava às mãos à cabeça pensando no provável prejuízo.<br /><br />Essas duas cenas vivenciadas na semana passada são decorrência de ações adotadas pelo prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). O líder executivo da maior cidade do País resolveu fiscalizar a presença de mesas e cadeiras nas calçadas da cidade. Também foram tirados das ruas os ambulantes.<br /><br />Todos querem uma São Paulo mais limpa e organizada, disso ninguém duvida. Mas toda cidade tem identidade. Muitas vezes, pode ser aliada a certa irregularidade e caos. Imagine se a lei Cidade Limpa passasse pela Times Square? O ponto turístico de maior relevância de Nova Iorque perderia completamente a estética e o charme que atraem pessoas do mundo inteiro.<br /><br />A mesma coisa acontece, por exemplo, na Vila Madalena, onde o ato de tomar uma cerveja ao ar livre dá brilho ao bairro boêmio. Da mesma forma, a Rua Oscar Freire é um centro de compras conhecido internacionalmente e ganha glamour por seus bancos e mesinhas, onde é possível comer quitutes e beber um bom café observando o movimento de sacolas. Os exemplos são infindáveis.<br /><br />Na PUC, os estudantes, acostumados a comer sua pipoquinha durante o intervalo das aulas, quase lincharam o carro dos fiscais da prefeitura. Foram necessárias intervenções dos seguranças da instituição para conter a fúria. Resultado: um pipoqueiro sem emprego.<br /><br />E a pergunta é: o que São Paulo realmente ganha com isso?Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-26124962070369627982009-06-26T16:41:00.002-03:002009-06-29T15:34:41.948-03:00Gastronomia, cultura e globalização<a href="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SkUkuQ37DDI/AAAAAAAAAWI/-iDqZt4wxhM/s1600-h/untitled.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5351724109421808690" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 186px; CURSOR: hand; HEIGHT: 280px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SkUkuQ37DDI/AAAAAAAAAWI/-iDqZt4wxhM/s320/untitled.bmp" border="0" /></a>A globalização da cultura realmente existe: hoje tive ainda mais certeza. Estava apurando uma pauta sobre o Recife, levando em conta os principais pontos turísticos da cidade. Nesse pacote, não podia faltar gastronomia, o meu tema preferido.<br /><br />Pedi para o assessor de imprensa da prefeitura da cidade me passar algumas dicas legais e que fugissem um pouco dos roteiros convencionais turísticos. A resposta obtida foi a seguinte:<br /><br />"Como você pede coisas que não estão nos roteiros tradicionais, gostaria de citar o Bar Central (foto), no centro da cidade, que é pilotado pelo judeu André Rolemberg e serve pratos judaicos e árabes. Além de ser ponto de encontro de artistas do Recife (algumas vezes gente conhecida do cinema, como Dira Paes e Mateus Nachtergaele), o local tem boa música, com destaque para bossa nova cantada em hebraico."<br /><br />Achei o máximo! O que Tom e Vinícius pensariam disso. Nem imagino!<br /><br />Lembrei um pouco da época em que morei em Washington, DC, nos EUA. Certa vez, indicaram-me um bar chamado Bossa, que - como o próprio nome já diz - tem música brasileira. Localiza-se no charmoso bairro da Adams Morgan, uma espécie de Vila Madalena da cidade. Quando cheguei, avistei um negro tocando Djavan, com uma linda voz e um português perfeito (impossível para um norte-americano), mas o sotaque era bem estranho.<br /><br />Perguntei duvidando: “ele é brasileiro?”<br />A resposta foi: "não, é de Cabo Verde".<br /><br />Legítima música brasileira, cantada nos Estados Unidos por um negro de Cabo Verde. Milton Santos iria se chocar.<br /><br />Por falar nisso, esse bar tinha pasteizinhos e uma caipirinha deliciosos.Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-68114000607522773242009-06-24T16:59:00.001-03:002009-06-26T17:13:19.006-03:00O corte de carne da moda<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgallGKp9dZ9_WaLBBFA4G7nUIcMPo0P1QuE2aOptHuxKJCgj4NoMLyAP0x7x_5B2cDvuj8K-lsjGD2pe95D2-K3kTUc8U9nSueWEy0HeKg5fuQr01NlU7iEZ77kSg_I6YWFXrmVY4mIWo/s1600-h/vento.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5351731858001522386" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 258px; CURSOR: hand; HEIGHT: 174px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgallGKp9dZ9_WaLBBFA4G7nUIcMPo0P1QuE2aOptHuxKJCgj4NoMLyAP0x7x_5B2cDvuj8K-lsjGD2pe95D2-K3kTUc8U9nSueWEy0HeKg5fuQr01NlU7iEZ77kSg_I6YWFXrmVY4mIWo/s320/vento.jpg" border="0" /></a>Tudo tem moda. Existe o cabelo da moda, a gíria de moda, a roupa da moda, a comida da moda... Agora, o máximo é ter corte de carne da moda! É claro que a ideia tinha que vir de uma churrascaria de ponta: a Vento Haragano.<br /><br />Conhecida por estar entre os melhores da capital paulista, o estabelecimento agora tem a Costela Premium. O release diz: "É um corte tradicional dos gaúchos, que a chamam de ripa da chuleta. Corresponde à bisteca do contrafilé".<br /><br />Em outras palavras: rico pode chamar contrafilé de costela premium. Isso é chique! Isso é luxo!Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-75731283663456610632009-06-10T23:07:00.000-03:002009-06-10T22:15:01.370-03:00Como encarar bem a neurose do porco<a href="http://3.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SjBTEdffbZI/AAAAAAAAAP0/1WyqtOTF7aw/s1600-h/gripe_porcina.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5345864093790072210" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 283px; CURSOR: hand; HEIGHT: 353px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SjBTEdffbZI/AAAAAAAAAP0/1WyqtOTF7aw/s400/gripe_porcina.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-32308522240564697182009-06-10T11:47:00.003-03:002009-06-10T21:40:43.857-03:00IndicadosSites que indico para quem quiser fontes alternativas de informação:<br /><br />Mídia Independente<br /><a href="http://www.midiaindependente.org/">http://www.midiaindependente.org/</a><br /><br />Transparência Brasil<br /><a href="http://www.transparencia.org.br/">http://www.transparencia.org.br/</a><br /><br />Congresso em Foco<br /><a href="http://www.congressoemfoco.com.br/">http://www.congressoemfoco.com.br/</a><br /><br />Por Vivian PeresVivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-42647054666097469682009-05-31T00:03:00.003-03:002009-06-10T21:41:05.484-03:00O almoço do brasileiro – Parte II: A humilhação contra-ataca<a href="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SiNG_54XwHI/AAAAAAAAAPA/_fT4Qwtp-Mg/s1600-h/0,,12074213-EX,00.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5342191646674501746" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 125px" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/SiNG_54XwHI/AAAAAAAAAPA/_fT4Qwtp-Mg/s200/0,,12074213-EX,00.jpg" border="0" /></a>A partir de hoje, nunca mais reclamarei da porta giratória da instituição bancária que frequento. Nem preciso dizer que, como toda mulher, sou sempre barrada no detector de metais e tenho que tirar uma infinidade de bugigangas da bolsa para conseguir adentrar o local.<br /><br />Mas neste dia chuvoso, lembrei que tinha de ir ao banco justamente no pior horário: o almoço. Exatamente naquela uma hora em que as pessoas teoricamente teriam de estar se dedicando a encher a barriga, e os corações, com pratos típicos da gastronomia brasileira, todos estavam ali se amontoando na enorme fila para resolver pendências.<br /><br />Sortuda que sou, precisava apenas falar com a gerente da minha conta. Para minha surpresa, a porta não tinha detector de metais e passei tranquilamente por ela. Sentei na poltrona para esperar ser atendida e, quando olho para a porta, vejo dois rapazes serem barrados pelo segurança. <div><br />Ambos eram afrodescendentes, estavam com o uniforme da maior companhia de manutenção de elevadores do País e, por conta do trabalho, os trajes tinham graxa por todos os lados. A cena me causou certa revolta. Fiquei pensando em como o trabalhador brasileiro tem que aguentar uma rotina estressante em uma cidade como São Paulo e ainda ser discriminado na entrada do banco.<br /><br />Para piorar, eles sentaram ao meu lado e estabeleceram o seguinte diálogo:<br />- Quanto tempo esse pessoal de banco vai levar para entender que quem quer roubar não passa pela porta? – perguntou o primeiro.<br />- Se o cara quer entrar pra roubar, vem vestido de executivo, arrumadinho, com terno – constatou o segundo<br />- Ainda dá tchau para a câmera – apostou o primeiro<br /><br />Com o estômago roncando, o primeiro perguntou?<br />- Será que a gerente vai demorar muito? Eu estou com uma fome.<br />- Saindo daqui, almoçamos um cheesesalada aí na frente.</div><div> </div><div>Por Vivian Peres</div>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3554585667000203995.post-39549792090292962612009-05-29T00:00:00.006-03:002009-06-04T11:40:07.639-03:00O almoço do brasileiro (parte I): A jornada se reduz<p class="MsoNormal">Sempre me perguntei como é possível desenvolver uma boa alimentação diária tendo que sair do trabalho, entrar na fila do restaurante, servir-se, almoçar, pedir a sobremesa, pagar a conta e estar a postos para a jornada vespertina em apenas uma hora.</p><p class="MsoNormal">Há alguns anos, o intervalo de almoço era o dobro desse tempo e alguns felizardos podiam ainda voltar para casa, assistir a um pedacinho do jornal e fazer a sesta – que por sinal aumenta a qualidade do desempenho laboral e faz bem ao coração, à mente e ao corpo.</p><p class="MsoNormal"> <img src="http://4.bp.blogspot.com/_ROsMjvu3O7M/Sh9Q1kvMrjI/AAAAAAAAAOo/OhqKx1BjPNo/s320/arroz-feijao-dieta-brasileira-070408.jpg" style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5341076564409626162" /></p><p class="MsoNormal"><o:p>Em uma cidade como São Paulo, os próprios colaboradores optam por reduzir o intervalo de realização da principal refeição do dia. Uma análise simples pode levar a dois motivos aparente: passe-se mais tempo no trânsito, sendo preciso reduzi-lo em outras áreas, e, como sempre, a influência do modelo de gestão norte-americano.</o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p>Cada vez mais e mais, as escolas de negócios seguem a cartilha do Tio Sam, ensinando o modelo de business ditado pelos nossos vizinhos, no qual a regra básica é: menos é mais. Ou seja, menos almoço é mais trabalho. Com hábitos alimentares alijados por todo o mundo e reconhecidamente pouco saudáveis, o norte-americano típico nem sai do escritório para comer, prefere fazer isso na própria mesa.</o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p>Não é coincidência que almoço, em inglês, é lunch. Ou seria lanche? Na cultura deles, a fome é perfeitamente saciada com um sanduíche de pasta de amendoim com geleia. Felizmente, na nossa, um belo prato de arroz com feijão ainda é muito valorizado, porém, um dia, pode deixar de ser.</o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p>Mas pior do que ter de enfrentar a fila do restaurante, é ter de gastar a sagrada hora do almoço para resolver pendências burocráticas e depois ainda ter de se contentar em comer um misto-quente.</o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p>A parte II desta trilogia traz uma descrição reveladora de como pode ser triste o momento em que um brasileiro típico deveria estar almoçando.</o:p></p>Vivian Pereshttp://www.blogger.com/profile/04977670953986694422noreply@blogger.com1