Pólítica com tempero: o blog de curiosidades gastronômicas sobre acontecimentos sociais, políticos e culturais

domingo, 26 de julho de 2009

Culinária fusion e revolução do cérebro!


Uma coisa é certa sobre os modismos: eles existem com cada vez mais força e fica difícil não tocar no assunto. Quando o tema é gastronomia – como é o caso deste blog – é obrigatório falar de culinária fusion, a bola da vez. Na verdade, não é de hoje que ela existe, mas foi em 2008 que se difundiu em muitos dos principais restaurantes do País.

Como minha missão é misturar tendências culinárias e políticas, digo com propriedade: esse tipo de gastronomia é resultado de uma nova ordem mundial. Em um mundo onde as distâncias se encurtam cada vez mais e a criatividade é diferencial, misturar sabores e experimentar novas maneiras de fazer torna-se essencial para a sobrevivência de quase todos os chefs (ou pelo menos daqueles que desejam ganhar estrelas Michelin ou, até mesmo, no Guia da Folha).

Dizem que Alex Atala (foto) foi pioneiro em temperar tradições internacionais com toques de brasilidade. Fica difícil saber ao certo se foi ele, mas uma coisa não se pode negar: o chef-sensação foi o primeiro a fazer alarde sobre o assunto. Considerando que algo só existe realmente quando as pessoas conhecem, Atala faz jus ao rótulo de precursor.

No livro “A revolução do lado direito do cérebro”, o autor norte-americano Daniel Pink aplica conceitos que têm tudo a ver com essas tendências: já não vale mais fazer bem, é preciso fazer diferente. O lado esquerdo do cérebro, sistemático e lógico, é útil, mas não suficiente. Para conseguir atingir um diferencial nos dias atuais, é preciso usar o lado esquerdo: criativo, histórico, lúdico, empático e sinfônico.

A gastronomia é apenas uma forma de representação desse novo mundo.

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